Na última segunda-feira, a Câmara de Vereadores de Agudos do Sul foi palco de uma situação inusitada e tensa. Cinco vereadores da base aliada do prefeito interino, Genézio Ferreira, abandonaram a sessão em protesto contra a não votação de um projeto de suplementação orçamentária que visa a adição de quase R$ 14 milhões ao orçamento municipal. O episódio obrigou o presidente da Câmara, Nei Rocha (MDB), a suspender a reunião por falta de decoro.
Os vereadores que se ausentaram foram Nide Ferreira (PSD), Elizeu Machado (MDB), Renato Woiciekovski (PSB), Valdir Vasco (PL) e Cornélio Grosskopf (Progressistas). A medida foi tomada após um embate verbal entre os parlamentares e o presidente da Câmara, Nei Rocha, que se recusou a colocar o projeto para votação. Nide Ferreira justificou a atitude, alegando que o não encaminhamento de um projeto de grande importância para o município, como o de suplementação orçamentária, representava um desrespeito com a cidade.
O projeto em questão, que prevê a abertura de crédito adicional especial no valor de R$ 13,7 milhões para diversas secretarias, foi submetido à Câmara em regime de urgência no dia 17 de julho. No entanto, o presidente da Câmara, Nei Rocha, explicou que, devido ao recesso parlamentar de julho, os prazos regimentais para tramitação do projeto estavam suspensos, o que impediu sua inclusão na pauta da sessão.
Nei Rocha lamentou o ocorrido e criticou a atitude dos vereadores, alegando que a politicagem estava predominando sobre os interesses reais do município. “A Mesa Diretora estuda os projetos e os vereadores chegam aqui com papel na mão e querem empurrar as coisas goela abaixo. Fazemos reuniões nas quintas-feiras e ninguém vem. Não é assim que as coisas funcionam. O que é bom para o município ninguém é contra”, afirmou Rocha.
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