Neste domingo, 27 de outubro, Curitiba vive mais um dia decisivo para o futuro de sua gestão pública. Desde as primeiras horas, muitos eleitores da capital paranaense já se dirigiram aos colégios eleitorais para votar no segundo turno das eleições municipais, que decidirá quem será o próximo prefeito, de 2025 a 2028. A escolha se resume a dois candidatos: Cristina Graeml (PMB) e Eduardo Pimentel (PSD). Esse embate, que polarizou as opiniões dos eleitores ao longo das últimas semanas, revela a importância dos debates, das campanhas e da postura dos candidatos no direcionamento das escolhas finais.
Para muitos curitibanos, a decisão nesta segunda etapa do pleito foi uma mudança em relação ao primeiro turno, onde havia uma gama maior de opções. As últimas semanas de campanha e os horários cedidos aos candidatos nos veículos de comunicação foram pontos fundamentais na formação de opinião, especialmente para aqueles que viram seus primeiros candidatos serem eliminados da disputa. Entre os fatores de influência, destacam-se as propostas apresentadas, a atuação nos debates e as trocas de acusações entre os candidatos.
Silvana da Costa, eleitora curitibana, explicou que os debates foram determinantes para sua escolha. “A minha escolha foi através dos debates e das calúnias, de um contra o outro. Gostei dos debates, foram ótimos, as propagandas foram o que pegaram mais [para decidir o voto]”, comentou Silvana. Sua visão reflete o impacto que essas discussões públicas têm sobre o eleitorado, mesmo quando envolvem confrontos acalorados e ataques mútuos.
Apesar de sua relevância, nem todos ficaram satisfeitos com a maneira como os candidatos conduziram os debates e as propagandas. Para Ademar, um eleitor que se mostrava crítico ao tom adotado pelos políticos, os encontros poderiam ter sido mais construtivos. “Foi um pouco forçado, deviam pensar mais nas cidades, nos problemas, mas ficaram nas acusações pra lá e pra cá. Não é por aí, tem que concentrar no que será feito pela cidade”, afirmou ele. Na visão de Ademar, a polarização em torno de questões pessoais, ao invés de propostas, compromete a qualidade do debate político.
A necessidade de escolher um candidato, mesmo sem estar completamente satisfeito com as opções, foi outro ponto presente entre os eleitores. A aposentada Darci, que aproveita o domingo para trabalhar com sua banca de bonés e roupas, expressou uma visão pragmática: “Tem que escolher alguém, ficar sem votar não dá, mas nem todas as propostas foram boas”. A fala de Darci sintetiza o sentimento de muitos eleitores que, mesmo sem uma identificação forte com os candidatos, exercem seu papel cívico em busca do melhor para Curitiba.
Enquanto o dia segue tranquilo e os eleitores vão às urnas, Curitiba aguarda os resultados que definirão o futuro da cidade. Em um cenário marcado pela polarização e pela necessidade de uma gestão eficiente, a expectativa é de que o próximo prefeito consiga atender às demandas da população e implementar as propostas apresentadas ao longo da campanha. O segundo turno revela-se, assim, não apenas uma escolha entre dois nomes, mas uma decisão que carrega as esperanças de um futuro melhor para a cidade.
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