O Paraná confirmou 1.116 novos casos e 88 mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), conforme o boletim epidemiológico divulgado nesta quarta-feira (2) pela Secretaria de Estado da Saúde. Os dados referem-se ao período acumulado entre dezembro de 2024 e 14 de junho de 2025 e mostram um cenário preocupante, especialmente entre crianças e idosos.
Ao todo, o estado já soma 15.752 casos e 829 mortes por SRAG no período analisado. Há ainda 2.728 casos em investigação e 14 óbitos sob análise. Outros 374 falecimentos foram notificados, mas não se enquadram nos critérios de SRAG.
Influenza é o principal vírus identificado
Entre os casos confirmados, a Influenza aparece como o agente mais frequente, com 2.272 registros. A Covid-19 ainda tem presença significativa, com 573 casos. Outros 4.022 diagnósticos foram atribuídos a diferentes vírus respiratórios, enquanto 6.083 permanecem classificados como SRAG não especificada. Ainda, 74 casos foram causados por outros agentes etiológicos.
No total de 829 óbitos, 236 (28,5%) foram causados por Influenza, 82 (9,9%) por Covid-19 e 93 (11,2%) por outros vírus respiratórios. Os registros com causa indefinida somam 385 (46,4%) mortes. A baixa testagem ou o diagnóstico tardio podem estar entre os motivos para essa alta proporção de casos não especificados.
Crianças lideram em vulnerabilidade
As crianças menores de seis anos formam a faixa etária mais afetada, seguidas pelos idosos. Segundo a secretaria, 6.201 dos casos e 390 dos óbitos envolviam pacientes com fatores de risco preexistentes, como comorbidades ou condições de imunidade comprometida.
Baixa cobertura vacinal preocupa autoridades
A baixa adesão à vacinação contra a gripe entre os grupos de risco tem sido apontada como um agravante na evolução dos casos. Dos internados por SRAG com vírus respiratórios e com comorbidades, 77,3% (4.793 pessoas) não haviam recebido a vacina contra Influenza. Entre os que morreram, 273 pessoas (70%) também não estavam imunizadas.
A Secretaria de Saúde reforça a importância da vacinação, especialmente para os públicos prioritários, e pede atenção redobrada da população para sintomas gripais, principalmente durante os períodos de maior circulação viral.

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