A proposta de Emenda à Constituição (PEC) que busca abolir a escala de trabalho 6×1, permitindo uma jornada de quatro dias de trabalho por semana e 36 horas semanais, tornou-se um dos principais temas debatidos nas redes sociais nas últimas semanas. Apresentada pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP), a PEC visa proporcionar maior equilíbrio entre vida profissional e pessoal dos trabalhadores brasileiros.
Crescimento Explosivo nas Redes
Segundo um estudo da Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados, o número de publicações sobre a PEC nas cinco principais plataformas sociais (X, Facebook, Instagram, LinkedIn e TikTok) cresceu 2.120% entre 7 e 12 de novembro. Nesse período, as postagens saltaram de 539 para 11.969. O aumento nas interações foi ainda mais significativo, com um crescimento de 5.513%, totalizando quase 15 milhões de curtidas, comentários e compartilhamentos.
Reações Predominantemente Favoráveis
A análise revela que 67% das postagens foram favoráveis à PEC, enquanto 26% se mantiveram neutras e apenas 7% contrárias. O CEO da Nexus, Marcelo Tokarski, destacou que o tema uniu diferentes espectros políticos, demonstrando um interesse transversal da população.
Pressão Popular e Protestos
A mobilização não se limitou às redes sociais. No dia 15 de novembro, milhares de pessoas participaram de protestos em Curitiba e outras capitais, expressando apoio à proposta. Manifestações chegaram a shoppings, evidenciando o impacto da campanha.
Tokarski alerta que, embora as redes indiquem apoio majoritário, isso não reflete necessariamente a opinião de toda a população. Ainda assim, o volume de interações e a presença massiva nas ruas sugerem uma forte pressão popular sobre o Congresso para aprovação da PEC.
Impacto no Ambiente de Trabalho
A aprovação da PEC poderia transformar radicalmente a dinâmica de trabalho no Brasil. Defensores argumentam que a mudança proporcionaria mais tempo livre, favorecendo a saúde mental e a produtividade. Críticos, no entanto, apontam possíveis impactos econômicos, como o aumento de custos para empresas e a redução de postos de trabalho.
O debate está longe de terminar, mas os números e a mobilização popular indicam que a PEC 6×1 já é um marco na discussão sobre direitos trabalhistas no Brasil.
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